Foto publicada em 2019 por aiworldexplore em Pixabay.

TPS feito, o sangue já frio pós-prova, e aqui estou eu. Tentei zerar minha mente nas últimas semanas e pensar: perante o CACD, quem sou eu? Sou um candidato básico querendo me tornar um candidato mediano? Ou sou um candidato mediano querendo se tornar um candidato avançado? Honestamente, a resposta até hoje não é tão clara. Mas uma coisa é certa: sendo um candidato básico ou mediano, eu sei que não sou um candidato avançado. E como aprender a me tornar um? Decidi ver alguns relatos de diplomatas recém-aprovadas no youtube da professora de economia Michelle Miltons. As duas diplomatas que assisti aos vídeos – Adriana Gabínio e Aline Freitas – deram dicas valiosas que fiz questão de anotar. Mas o importante é sempre: não emular por emular, e sim adaptar a sua própria realidade. As dicas que mais achei compatíveis com a minha personalidade de estudos e minha rotina em si eu as tomei. Quero saber com os melhores como é a rotina. Acho que estou no caminho correto.

Bem, e nessas duas últimas semanas pensei em deficiências e fortalezas que tenho. Não só pelo meu potencial de aproveitamento matéria por matéria, mas quais são as matérias que eu olho e falo: numa questão discursiva eu não me sinto confiante de escrever nada sobre DIP, por exemplo. Eaí fico apreensivo. Às vezes vejo que o que me impede de avançar é exatamente o medo de errar. De assinar um curso e o professor achar meu nível muito básico. Ou de fazer uma discursiva e me deparar com erros demais, e que no fundo eu não sei de nada. Eu não pensava que eu poderia ter síndrome do impostor. Mas só de pensar que eu tirei quase 40 nessa prova em 2023 me garante que não sou impostor. Não dá para aleatoriamente tirar essa nota. Na realidade, eu preciso ter a coragem para dar minha cara a tapas e me tornar um candidato avançado.

Eu assinei o curso extensivo de História do Brasil do professor Luigi Bonafé no IDEG. É a primeira vez que me deparo com uma plataforma para o CACD que não seja o Clipping CACD ou o Gran Cursos (já dei uma olhada lá). A plataforma em si parece bem menos elaborada que a do Clipping, mas a estética não conta, né? Enfim, o curso foi liberado hoje e eu já estou com acesso a ele. Quinta-feira analisarei a ementa e já assistirei a aula 0. Estou muito animado, conversei com o prof. Luigi no privado no Telegram e ele foi muito atencioso e me tirou as dúvidas que tinha. De cursinhos, eu já faço francês com a professora Alessandra Massi para o CACD desde maio. Além do prof. Luigi de História do Brasil, eu entrei em contato com a professora Michelle Miltons. Ela me requereu uma carga de leitura e fichamento de Formação Econômica do Brasil (FEB) de Celso Furtado e o livro Microeconomia de Robert Pindyck e Daniel Rubinfeld. Terminei hoje a leitura dos capítulos sugeridos de FEB. E assinei o curso de Política Internacional do professor Leonardo do REPI. Mas esse último começa em 7 de novembro apenas.

Curso Petit Journal

Na segunda e terça-feira assisti as últimas aulas do curso “Essa família é muito unida”: O Reino Unido e suas partes diante das mudanças globais”. Nas últimas duas semanas também maratonei os cursos pendentes do Petit, que no meu caso eram:

Territórios em disputa: as linhas pontilhadas do mundo contemporâneo;

As guerras frias e quentes em curso no Oriente Médio

Para onde vai a Europa? Pressão e declínio em um mundo em transformação

Recomendo demais o Petit Cursos. As aulas estão densas e sempre muito descontraídas.

Português

A matéria que vi do Clipping no ritmo mais lento possível! Inacreditável como demorei para terminá-la. O professor Guilherme Aguiar na realidade é excelente, e arrisco dizer que foi o único professor de português que de fato me deu uma luz nessa matéria que tenho tanta dificuldade. Eram em torno de 15 aulas pendentes e venho assistindo em maratona (mas não mais que uma aula por dia, também para poder absorver o conteúdo). Termino a última aula nesta sexta-feira.

Foto publicada em 2020 por viarami no Pixabay.

Economia

Faltava-me quatro aulas de economia brasileira com o professor Daniel Sousa (o mesmo do Petit Cursos) na plataforma do Clipping CACD. Terminei-as uma semana após o TPS. Li os capítulos 18 (Confronto com o desenvolvimento dos EUA), 19 (Declínio a longo prazo do nível de renda: primeira metade do século XIX) e 20 (gestação da economia cafeeira). Já fiz todos os destaques necessários no livro para quando eu for redigir o fichamento ficar mais fácil. Comprei ontem o livro do Pindyck de Microeconomia e deve chegar na sexta-feira. Será minhas próximas leituras para semana que vem.

Francês

Essa semana corrigimos os últimos exercícios e vimos três tipos de fruturo: futur proche, futur simple et futur antérieur. Estou absorvendo muito o conteúdo de francês e mesmo que seja uma matéria inédita para mim, estou conseguindo entender e manter um ritmo bem intenso de aulas e estudos. Estou animado!

Foto publicada em 2017 por Engin Akyurt no Pixabay

Direito Internacional Público

No curso extensivo 2022 do Clipping CACD eu tive um excelente professor chamado Patrick Luna, que também é diplomata. Para mim um dos melhores professores que tive, talvez o melhor, de toda a minha preparação até aqui para o CACD. Os slides também eram completos e todos disponibilizados para baixar. Ainda sim, eu vacilei e nessa minha última temporada de estudos eu não estudei de fato, apenas assistia as aulas e anotava em cima do slide alguns detalhes. Não era um estudo ativo. Por conta disso, ainda me sinto perdido de como estudar DIP. Inseguro para escrever algo ou mesmo para responder algumas questões. Bem, como resolver isso? Expliquei brevemente minha situação num interessante grupo no Telegram para o CACD, e essas foram as mensagens de alguns colegas que lá me responderam:

To usando o material do clio que eu já tinha e trocando fichamento com os colegas. Começa pelas beiradas. Fontes acho que é a parte mais tranquila

Gabriel Yuri

Só ler e destacar livros deve ser uma das atividades mais ineficientes para se preparar para esse concurso. Falo com a experiência de quem perdeu quase 1 ano nisso. Considere assinar o grupo de preparação contínua do Bystronski. Custa uma pizza por mês e é bem completo. Tem exercícios objetivos e discursivos anteriores e inéditos.

Luiz

Pequena observação do Luiz – o grupo no telegram na qual ele se refere pode ser acessado nesse link.

Creio que você pode turbinar seu método elaborando fichamentos sucintos, mapas mentais e/ou mesmo flashcards. Sempre, claro, praticando com questões para ter uma noção do que é mais cobrado e, assim, otimizar seu material de revisão.

Matheus

Gosto muito do Anki para DIP, dá pra lembrar das coisas quase palavra por palavra. O grupo do Nabuco de DIP também é muito bom, como já falaram

Marina Lacerda

Pedi umas dicas para o próprio professor Patrick Luna via e-mail e ele ficou muito feliz em me ajudar e me deu algumas dicas com sugestão de mudança bibliográfica e um curso intensivo que ele leciona no Clipping. Em geral foram ótimas dicas que consegui minerar hoje. Pensarei nelas a respeito para começar a estudar/revisar logo DIP!

Eu fiz DIP com o Sloboda, do IDEG. Meu “caderno” de DIP é composto basicamente por anotações de aula, resumos de casos de DIP e fichamentos de capítulos de algumas obras que ele recomendou.
Sobre os livros que ele recomendpu: Aqle do Portela, o do Rezek e o do Malcolm Shaw, necessariamente, pq a banca não concorda com tudo de cada autor; ela concorda com algumas coisas de um autor, discorda de outras. Então tem assunto que vai usar o Portela e tem assunto que vai usar o Rezek, por exemplo.
Quanto a técnica de estudos em si, é a mesma para as outras materias: -anotações de aula, anotando com minhas próprias palavras o que o prof fala em aula

  • Leitura e consequente fichamento da leitura, sempre lendo com atenção primeiro e depois escrevendo com minhas próprias palavras, sem consultar o material.
  • Fecho/tampo o material, finjo que estou explicando para alguém, da forma mais simples possível e com minhas próprias palavras
  • Monto cards no Anki baseados nas anotações de aula e fichamentos.
  • Respondo várias questões de DIP.
    Uso uma técnica de estudo que chama SQ3R pra estudar. Aí incluo nisso a técnica da prática de lembrar, que é tentar lembrar de forma ativa o.que foi estudado; isso pode ser feito de várias formas (simplesmente botar no papel tudo o que lembrar do que foi estudado; fazer flashcards, etc)
Dani M

História do Brasil

Ontem meu acesso ao curso do Luigi Bonafé foi liberado e hoje (21/09) já assisti a primeira aula. Bem, não foi bem uma aula de conteúdo, foi mais de apresentação da plataforma, do curso, e esmiuçar alguns detalhes da prova, dos estudos de História do Brasil e etc. Essa aula teve quase 3h e eu sou grato ao professor que tenha sido assim tão longa. Tenho algumas inseguranças quando trato sobre o CACD, e uma delas é sentir-me incapaz de realizar uma produção discursiva, mas não só isso, mas tudo que concerne à História do Brasil como um todo. Neste blog sinto-me livre para falar como bem entender, e definitivamente não gostei do João Daniel no Clipping. Tenho críticas severas à sua didática o que dificultava muito. Com o Luigi sinto uma proximidade e os erros didáticos que enxergava no João Daniel não estão evidentes assim no prof. Luigi. Que assim seja. Enfim, voltando a aula, resolveu muito dos meus problemas de não ter um esqueleto por onde começar meus estudos, de não ter um manual a qual recorrer antes de tudo, e nessa aula o professor Luigi Bonafé deu ótimas dicas bibliográficas, ponderando uma por uma, além de dar uma base de como estudar, anotar, e priorizar da melhor maneira seus estudos. Essa era outra insegurança que tinha. Depois dessa aula me senti bem mais confiante em relação a isso tudo.

Próxima aula de História do Brasil, e a primeira de conteúdo de fato, tratará sobre a Guerra do Paraguai.

汉语

Voltando essa semana, não voltei a assistir as aulas, só praticando caligrafia chinesa por enquanto mesmo, das palavras mais básicas: 你好 (olá), 你们好 (olá – para mais de uma pessoa), 大家好 (olá a todos), 是 (verbo ser), 巴西 (Brasil), 人 (pessoa).

Assim ficou minha rotina. Antes de francês está escrito 汉语 (chinês) para praticar um pouquinho como forma de relaxar para seguir a rotina. Bem, acho que ficou bom o plano assim. Detalhes: onde lê-se “aula”, muitas vezes não tem aula nenhuma, é só porque é a maneira default do aplicativo e não sei o que por, talvez “estudo” seria apropriado, enfim, não importa. Nunca estudei tanto como hoje em dia. Sinto-me motivado a cada dia que passa. Pus grandes blocos para História do Brasil e economia pois tenho dificuldade em ambas, e por conta disso assinei aulas dessas matérias. Francês estudarei quase todo dia porque é minha língua mais deficiente. Em linhas gerais é isso. Seguirei ainda melhor o plano acima ao encerrar a última aula de português pendente do curso extensivo do Clipping na sexta-feira. De resto, estou conseguindo manter bem.

Ah, e comecei a usar o Anki!

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *